domingo, 13 de junho de 2010

causos de familia


Desde que sou bem pequena,me lembro das hostórias que meu paizinho
contava.E de uns tempos p cá fiquei c vontade de registra-las,ja q não tenho
a abilidade de guardar todas de cabeça como ele faz.São coisas ou causos
que meu avô contava p ele.Abaixo uma das conversas que tivemos sobre elas
via e-,mail:
Oi papai,
me conte como e pq o vô veio p cá???
te amo paizinho
beijus

                                                           
                                                             Olá Minha Filha! Tudo bem?
                                                             Como sempre, espero e rogo a Deus que vocês estejam todos bem,
com saúde e felizes.
                                                              Quanto à sua pergunta a resposta é fácil, veja a definição dele sobre  Macaubás, a viagem e São Paulo, ele dizia: "filho é como se você estivesse no fundo de um poço e dele fosse saindo, à medida em que você vai subindo vai clareando, e quando você sai e pisa em terra firme, aí você está em São Paulo". Sobre como ele veio: de vapor, de trem e também a pé, a viagem demorou trinta dias. Não sei, vou perguntar pro Joaquim ou pro Zé onde que eles pararam, porque eles vinham em grupos. Ele dizia que pararam porque tinham que trabalhar, mas o desejo era botar o pé na estrada. E concluía dizendo que o ser humano é um ser errante. Ele, portanto, sempre desejou sair daquilo que ele definia como sendo o fundo do poço. Movido por este desejo, e pretendendo não cometer gafes, procurava os que eles chamavam de paulisteiros, ou seja, aqueles que já tinham vindo várias vezes trabalhar em São Paulo. Numa destas conversas o conterrâneo paulisteiro lhe disse: " Pedro lá tem uma espécie de árvore enorme chamada zinco o povo cobre as casas e barracões com aquelas folhas enormes de zinco". Em aqui chegando ele deparou-se com um dos tais barracões de zinco; e aí dele dizia: "filho de uma puta", mentiu pra mim. Ele sempre gostou de dormir, ou ficar na cama, até mais tarde, ter disciplina para comer; dizia que a gente devia sair da mesa ainda com fome; que jamais se deveria brigar por comida; por ou lado, já com a vivência de São Paulo, recomendava a não frequentar restaurantes de baianos, porque eram miseráveis, e sim os de portugueses, que diziam pra eles: "comem rapazes, comida foi feita pra se comer. Mas voltando um pouco no tempo, e os comentários anteriores servem pra justificar o fato seguinte, no seu primeiro dia de trabalho, se não fosse um baiano velho, ele teria ficado sem almoçar. Dizia que quando o cozinheiro gritou a comida está pronta, ou posta, não me lembro mais, os peões só faltavam pular uns por cima dos outros; que parecia urubus na carniça. Aí o referido baiano velho segurou a barra e esperou até que o vô pudesse almoçar, é lógico que depois ele assimilou o sistema. Mais três dele, no trabalho:
estava cortando cana com o filho do patrão, num ritmo bem lento, aí chegou o patrão e soltou o facão e o vô leu a escrita e também soltou o facão, minutos depois o patrão parou e falou: é Pedro se eu fosse mais novo nós íamos cortar muita cana, e ele respondeu: o senhor tá novo ainda, vamos cortar sim; numa outra estava sentado num toco fazendo seu cigarro, o patrão chegou e ele continuou fazendo o cigarro, depois de alguma conversa, o patrão disse: muito bem, quem trabalha tem o direito de descansar e pitar o seu cigarro, se você quando me viu tivesse levantado pra trabalhar te mandaria embora, porque era sinal de que você só trabalharia com diligência na minha presença; na terceira o patrão, fazendeiro, chamou-o para correr as cercas e em dado momento deu a carabina pra ele segurar, e ele pensou esse cara tá me achando com cara de jagunço, passado uns dias ele inventou um desculpa e pediu a conta, e recomendava que o bom era trabalhar para pequenos e médios proprietários.
                                           

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A VEGETAÇÃO

Alguém já pensou na influencia que a vegetação e o clima tem sobre um grupo de pessoas?
Eu sempre penso nisso ,já que desde criança viajo bastante e nas estradas parece q isso fica mais evidente.
Quando fui morar no sul.Apesar de achar tudo muito bonito ,me sentia um pouco sufocada
com todas aquelas árvores e montanhas .Não me entendam mal,não é uma questão de beleza
e sim de sensações.
Dizem que a gente só entende a terra da gente quando sai de lá.Acho que deve ser verdade pois,quando vinha para o interior de São Paulo e via todo aquele espaço, sentia que podia voar,como
se eu pudesse abrir os braços e abraçar ou tocar cada pedacinho de terra.É claro
que isso tem muito a ver com o fato de eu estar voltando para um lugar que meus olhos reconheciam
 como casa,mas sinto que é mais do que isso.Quanto mais quente o lugar,mais as pessoas são calorosas
e abertas,até o andar é diferente como as árvores também são diferentes e variadas
com muitas cores de flores e frutos.Algumas tem formas tão incríveis que até parecem estar se espreguiçando,o que
 para mim é tão contagioso quanto um bocejo.Já no frio as pessoas são mais reservadas pois o frio nos traz a
necessidade de recolhimento e acabam sendo mais ligadas a círculos familiares.
Sem contar que, quando se usa na maior parte do ano algumas camadas de roupa, raramente você encosta
 no braço de alguém e sim em tecidos.há pouca troca de energia.Mas em alguns casos ,pessoas que nascem
 em  um determinado lugar, dizem se identificar mais com outro lugar.Um jornalista famoso disse na TV que não nasceu em minas mas que é mineiro porque minas não é um estado ,mas sim "um estado de espírito".Gostei da declaração dele porque também amo Minas!!,mas penso que todos os lugares 
tem seus "estados de espírito" mas alguns combinam mais ou menos com a nossa personalidade.
Enfim,não quero propor aqui uma tese sobre o assunto,minha intenção é só levantar minhas questões.
O Natureza deve ter sua interferência no nosso humor e ao mesmo tempo pode ser que aconteça uma
seleção natural de pessoal que fogem do frio ou calor.
Um grande e caloroso abraço p todos

terça-feira, 1 de junho de 2010

o cachorrro e a roda

Fico impressionada como podemos nos surpreender com nossas próprias
reações .Neste momento sou o próprio cachorro diante de um carro
exaustivamente perseguido.E estranhamente ele está parado.e eu,
paralisada.É assustador ...
Por muitos anos sonhei com o dia que voltaria para São Paulo ,para
retomar minha carreira ficar perto dos amigos e tudo q a terra da
garoa pode oferecer,mas der repente cheguei aqui e...uma mistura de
medo e fascinação.Tudo continua incrível, mas não é a minha cidade
ainda,terei que começar de novo.Da primeira vez eu era uma adolescente
e como tal,me achava invencível.Agora,ciente da da minha
humanidade...ai meu Deus.
A sorte é que sei que não sou como nosso amigo de quatro patas e que
isso tudo é momentâneo.
"Alguma coisa acontece no meu coração...e foste um difícil começo
,afasto o que não conheço e quem vem de outro sonho feliz de
cidade,aprende depressa a chamar-te de realidade.porque és o avesso do
avesso do avesso do avesso ..."
Depois de tudo isso,pode parecer que eu não quero continuar,mas na
verdade toda essa loucura me atrai.
ADOOOOOORO !!!!!!